Os terrores noturnos são frequentes por volta dos dois anos de idade e novamente aos quatro anos, estando relacionados com a atividade onírica (sonhos) da criança.
Segundo a psicóloga clínica Teresa Abreu, quando a criança tem terrores noturnos “assume um comportamento em que parece estar mais a sonhar do que acordada”.
É importante pegar nela e acalmá-la, até que o choro intenso pare e a respiração tranquilize.
Dar conforto e apaziguar a criança é o mais indicado neste contexto, aconselha Teresa Abreu.
Entrar no mundo de fantasia da criança
Um medo comum relaciona-se com os “monstros no quarto” ou “monstros debaixo da cama”, explica Mónica Pina.
O conselho de Mónica Pina, médica especialista em Medicina Interna e Consultora de Lactação, é que os pais entrem no “mundo de fantasia” das crianças, pois evidentemente os adultos “não veem o mundo da mesma maneira”.
“Se a criança tem medo que o monstro esteja debaixo da cama, nós tendemos a reagir de uma forma racional e explicar-lhe que, se olhar para debaixo da cama, pode ver como não há monstro nenhum. É lógico!”, diz Mónica Pina, continuando: “Mas uma das coisas que podemos fazer é dar-lhes sentido: Vamos dar cabo do monstro, passa aí a espada; ou olha que este monstro até é giro, anda cá!”.
Segundo a especialista, “as situações que acontecem com os nossos filhos são situações potenciais para a aprendizagem e crescimento nossos e deles”.
“Se conseguirmos entrar nesse mundo somos mais úteis para eles, e a nós também nos faz bem”, refere.
Dicas para ajudar a combater os medos à noite
- Manter ligada uma luz de presença no quarto
- Dar um boneco ou objeto que conforte e dê segurança
- Lembrar que os pais estão por perto
- Escutar com atenção os receios da criança
- Conversar com ela sobre os seus medos