As crianças nascidas de mulheres com obesidade apresentam níveis de QI mais baixos e resultados menos satisfatórios em avaliações comportamentais durante a infância e a adolescência do que as nascidas de mulheres com um peso saudável.
É a conclusão de um estudo publicado no JAMA Network Open.
“Verificámos que as mães com mais peso no final da gravidez têm filhos com menor desempenho em testes de cognição e comportamento na infância e adolescência”, refere a co-autora Emily Oken, à United Press International.
“A investigação sugere que a nutrição materna é importante para a saúde infantil a longo prazo”, refere Oken, da Universidade de Harvard em Boston.
Obesidade tem afetado bebés e crianças pequenas
Para o estudo, Oken e os seus colegas analisaram dados de 11 mil grávidas e os seus filhos.
“É importante que as mulheres procurem entrar na gravidez com boa saúde, incluindo alcançar um peso saudável, se possível, e também que se certifiquem de que fazem o rastreio quanto a condições de saúde como diabetes ou tensão arterial elevada”, relata Emily Oken.
E alerta: “É muito claro que a saúde pré-natal é importante para a saúde a longo prazo tanto da própria mãe como do seu filho [e] a epidemia de obesidade afetou não só os adultos e as crianças mais velhas, mas também os bebés e as crianças pequenas”.