Por volta do sexto mês de vida, a natureza humana prepara o organismo para receber alimentos complementares ao leite materno.
Segundo explica Carla Rêgo, médica pediatra, o bebé com seis meses de idade dá um “salto” no desenvolvimento que diz respeito à maturidade do seu organismo.
Os rins e o tubo digestivo começam a funcionar melhor, por exemplo, o bebé aumenta a secreção de saliva.
Ao nível motor, a criança controla os movimentos da cabeça, senta-se sozinha, pega na colher e progride, gradualmente.
Agora que está preparado para receber alimentos semissólidos ou sólidos, o bebé começa a treinar o paladar.
Doravante o bebé vai conhecer sabores e texturas diferentes do leite da mãe ou da fórmula láctea que recebe.
Sabores: doce, salgado, azedo e amargo
Em primeiro lugar, sabemos que os sabores doces e salgados são aqueles que são inatos na natureza humana, ou seja, nascem naturalmente com o bebé.
Por outro lado, também há evidência científica de que os bebés nutrem uma forte preferência pelo doce.
O mesmo não acontece com os outros sabores, nomeadamente o azedo e o amargo.
Assim, os sabores azedo e amargo implicam um trabalho de aprendizagem, sobretudo a partir do quinto mês de vida.
Por causa da variabilidade do paladar associada ao leite materno, os bebés amamentados têm a vantagem de aceitarem mais facilmente sabores diferentes.
Receba acompanhamento nutricional
É importante o acompanhamento especializado para uma dieta equilibrada no bebé.
Os pais e os bebés não têm de fazer tudo sozinhos. É, pois, importante contarem com o apoio dos profissionais de saúde para receber orientações de nutrição e esclarecerem as suas dúvidas.
Os primeiros meses de vida são fundamentais para promover o crescimento saudável, explica Carla Rêgo, médica pediatra.
É no início de vida que começam a ser promovidos os hábitos alimentares saudáveis e a prevenção de doenças na idade adulta, alerta a especialista.