O bebé descobre o mundo através da boca. Ao levar à boca, a sua mão, a fralda ou um brinquedo, por exemplo, a criança vai tendo contacto com a realidade em seu redor.
Na designada fase oral, os alimentos não servem apenas para nutrir e para crescer saudável.
As funções alimentares repercutem-se noutras partes do corpo, bem como na adaptação inicial da vida humana e no desenvolvimento infantil.
Alimentação promove crescimento motor
Segundo Teresa Sameiro, terapeuta da fala, o processo da alimentação contribui para que haja uma evolução da estrutura oral da criança, condição básica para se adquirirem competências relacionadas com a linguagem.
“A alimentação tem a ver com um crescimento motor que vai treinar as estruturas orais para, numa fase posterior, a criança aprender a dizer as palavras”, começa por explicar Teresa Sameiro.
Em suma, os movimentos da boca vão ser fundamentais para aumentar o treino de competências, como a do reflexo de sucção ativo no bebé durante os primeiros quatro meses de vida.
É uma dificuldade expressa no caso dos bebés prematuros sujeitos a uma sonda para se alimentarem, por exemplo. O bebé não treina tais competências porque não precisa de mamar (na mama ou no biberão). Por consequência, tem um défice de sensibilidade oral e de deglutição.
Contudo, é surpreendente o conjunto de respostas que qualquer bebé desencadeia na chamada fase oral, conclui Teresa Sameiro.