Os benefícios do sol são sobejamente conhecidos, melhora o humor e ajuda na síntese de vitamina D.
No entanto, uma exposição excessiva, ou realizada de forma incorreta e sem a devida proteção pode ter consequências prejudiciais na saúde da criança, no curto e no longo prazo, adverte o Grupo Português de Dermatologia Pediátrica Sociedade Portuguesa de Dermatologia e Venereologia (SPDV), salientado ainda que no curto prazo, podem ocorrer queimaduras solares cujo risco é maior em idade pediátrica já que a pele é mais sensível.
A longo prazo, pode verificar-se um aumento da incidência de cancro de pele e o envelhecimento prematuro da pele.
Em formato de pergunta-resposta, fique a conhecer as recomendações e orientações deste Grupo da SPDV sobre a exposição solar.
Os bebés podem apanhar sol?
Durante o primeiro ano de vida, as crianças não devem ser expostas diretamente ao sol.
Qual a melhor hora para a exposição solar?
As horas mais seguras para apanhar sol são no início da manhã, até às 11h00 e no final da tarde, depois das 17h00. A exposição solar deve ser evitada entre as 11h e as 16h.
Que protetor solar devem usar as crianças?
Até aos 6 meses, a aplicação de fotoprotetor (qualquer que seja) não está recomendada.
Dos 6 meses, aos 2 anos, deve ser usado um fotoprotetor pediátrico, porque que na maioria dos casos inclui filtros físicos e químicos, podendo assim garantir um espectro mais amplo de proteção UV. Utilizar sempre fotoprotector com índice de proteção (SPF) alto ou muito alto (50+).
Como se aplica corretamente o protetor?
Aplicar em todo o corpo, incluindo dorso das mãos e pés, pescoço, orelhas e mesmo por baixo do fato de banho para que nenhuma área fique esquecida.
Porque não existem protetores “écran total” ou “à prova de água”, a fotoproteção só é eficaz se aplicada generosamente e reforçada de 2/2h (ou + frequentemente se a criança estiver na água)
À sombra, a criança também se queima?
A radiação UV reflete na maioria das superfícies por isso mesmo à sombra a fotoproteção não deve ser descurada. Por exemplo, a areia seca reflete 20% dos raios ultravioletas (UV), a areia molhada pode refletir até 40% e a água reflete até 50% dos raios UV e mais de 50% atingem até 50 cm de profundidade.
As nuvens apenas bloqueiam 20% dos UV. Os vidros filtram bem os UV, mas permitem a penetração de parte dos UVA.
Para mais informações consultar: http://www.apcancrocutaneo.pt
Fonte consultada: Grupo Português de Dermatologia Pediátrica Sociedade Portuguesa de Dermatologia e Venereologia (SPDV)