Face à pandemia a maioria das famílias teve de se adaptar às circunstâncias e passar a usar as tecnologias para estarem conectadas.
A este respeito fala-nos Isabel Alçada, atualmente membro consultivo do EDULOG, um projeto da Fundação Belmiro de Azevedo, destinado a promover reflexões e apresentar contributos para melhorar o sistema educativo.
“Hoje em dia estamos em permanência no formal e no informal. O online entra nas nossas casas. E é natural, temos de ter alguma descontração em não ficar aborrecidos com as atuais circunstâncias da pandemia. Temos de aceitar que a vida é assim agora. Talvez até isto traga algum benefício. O maior convívio com o digital permite que nós nos movimentemos muito melhor com instrumentos que estão presentes e que cada vez mais vão estar presente no futuro.”
Contadores de histórias à distância
A também consultora para a Educação da Presidência da República lembra que “a pandemia é um desafio que devemos aceitar com calma.”
“Da calma e da serenidade vem a harmonia e o conforto afetivo. As famílias devem evitar situações de tensão e os mais velhos, que é o meu caso, sou avó, têm um papel importante na gestão dessa harmonia familiar. Nós à medida que avançamos na idade temos uma responsabilidade cada vez maior de gerar formas de harmonia.”
Isabel Alçada deixa uma sugestão para os avós e os netos que continuam a conviver à distância: “Os avós podem pedir aos netos que já sabem ler que lhes leiam no ecrã. Eu faço isso com o meu neto!“
Os mais velhos, que é o meu caso, sou avó, têm um papel importante na gestão dessa harmonia familiar. Nós à medida que avançamos na idade temos uma responsabilidade cada vez maior de gerar formas de harmonia.