Um grupo de investigadores tem procurado novas estratégias de tratamento do autismo mais adaptadas às raparigas.
Segundo os autores, o autismo é quatro vezes mais comum nos rapazes, o que pode ajudar a explicar porque há muito menos investigação sobre o autismo nas raparigas.
As conclusões estão publicadas num estudo da revista Brain.
“O novo estudo fornece-nos um roteiro para compreender como combinar melhor as intervenções atuais e futuras baseadas em evidências com os perfis cerebrais e genéticos subjacentes, para que possamos obter o tratamento certo para o indivíduo certo”, avança Kevin Pelphrey.
O investigador principal é especialista em autismo no UVA Brain Institute nos Estados Unidos.
Mecanismos cerebrais no autismo variam segundo o género
Para o estudo, os autores combinaram a imagiologia cerebral com a investigação genética para aprender mais sobre o autismo nas raparigas.
Segundo a equipa de investigação os mecanismos cerebrais envolvidos no autismo variam muito dependendo do género.
De acordo com a Associação Americana de Psiquiatria, as Perturbações do Espetro do Autismo (PEA) são um síndroma neuro-comportamental com origem em perturbações do sistema nervoso central que afeta o normal desenvolvimento da criança.
Os sintomas ocorrem nos primeiros três anos de vida e incluem três grandes domínios de perturbação: social, comportamental e comunicacional.