A alimentação é essencial para o bom desenvolvimento e o crescimento infantil. Segundo a Associação Portuguesa Contra a Obesidade Infantil (APCOI), ao longo do primeiro ano de vida, o peso ao nascimento duplica, entre os quatro e os seis meses. Aos 12 meses, o peso ao nascimento aumenta (300%) e a altura (50%). A partir de 1 ano de idade, apesar de o crescimento desacelerar, continua a envolver a maturação de tecidos e órgãos. As necessidades de energia e nutrientes são elevadas em relação ao tamanho do corpo durante os primeiros cinco anos de vida.
Para a aquisição de hábitos alimentares saudáveis desde a primeira infância é essencial ter em conta três princípios básicos, refere a mesma fonte: estabelecer horários para a alimentação, fazer as refeições em família e promover o conceito dos pais enquanto modelos a seguir.
A APCOI sugere que as famílias sigam algumas regras para assegurar uma alimentação saudável na faixa etária entre os 1 e os 5 anos. A saber:
- Fazer cinco a seis refeições por dia.
- As crianças devem ingerir 1/3 a 2/3 da quantidade dos adultos ao 1 ano e aos 5 anos, respetivamente.
- Oferecer água em vários momentos, até a criança beber 2 a 3 copos/dia (400 – 600 ml).
- Fruta e vegetais: 5 porções/dia (variar textura, forma, cor, confeção).
- Alimentos ricos em amido: 4 porções/dia de pão escuro ou tostas ou de cereais integrais, flocos de aveia; quinoa, couscous, massa, batata, arroz.
- Laticínios: 1 a 2 porções das variedades gordas ou meio gordas de leite (a partir dos dois anos), por exemplo 1 iogurte natural sem açúcar adicionado, 1 fatia de queijo, 1 queijo fresco.
- Proteínas: 2 porções/dia; incluir peixes gordos (cavala, salmão), duas vezes por semana.
- Limitar a não mais do que 1-2 vezes por mês, e nunca como substitutos de um lanche: alimentos ou bebidas com açúcar adicionado, como sumos de pacote, chás de lata, refrigerantes, café; bolachas, papas, chocolates, gomas; iogurtes, pudins; bem como alimentos com sal adicionado, como snacks salgados (batatas fritas, folhados com charcutaria, entre outros).
Sempre que os pais manifestem dificuldades na implementação de uma alimentação saudável em casa devem pedir ajuda ao médico assistente ou pediatra que poderá esclarecer as suas dúvidas e/ou encaminhar para um especialista em nutrição.