“De acordo com a Convenção sobre os Direitos da Criança, as crianças têm o direito de participar nos processos de tomada de decisão que possam ser relevantes nas suas vidas e de influenciar as decisões tomadas a seu respeito – na família, na escola ou na comunidade.”
No Dia da Criança, e no âmbito da situação de pandemia de Covid-19, a UNICEF Portugal desafia o Ministro da Educação a ouvir crianças e jovens no que diz respeito a questões como:
- Como foi o confinamento e a escola? O que gostaram e o que não gostaram?
- O que as preocupa no “regresso às aulas”?
- O que querem manter? O que querem mudar? Aprenderam o mesmo?
- Sentem falta dos amigos? Sentem falta do recreio? E de brincar na rua?
- Estão preocupados com o emprego dos pais? E com os seus avós?
- Que medidas deve o Ministério da Educação tomar?
Segundo Beatriz Imperatori, Directora Executiva da UNICEF Portugal:
“É preciso definir esta nova escola com a participação das crianças nos processos de decisão política. Esta participação enriquece a informação e alarga perspectivas, qualificando as políticas públicas. É preciso também que o acto de ouvir as crianças – nas famílias, nas escolas ou o próprio estado – seja consequente: assumindo compromissos.”
Aproveitando a efeméride, a UNICEF Portugal reforça ainda a importância de que as escolas reforcem:
Mais espaço por pessoa, menos alunos por aula
“Os grupos mais pequenos favorecem a aprendizagem e as relações humanas de qualidade. A aprendizagem melhora quando a relação entre as crianças e com o professor é melhor e, a pandemia de Covid-19, veio relembrar uma prática muito necessária: mais espaço por pessoa, menos alunos por aula.”
A ligação aos outros
Segundo a mesma fonte, “as mensagens durante o confinamento – o distanciamento social, não brincar com amigos, não poder estar com a família, não ir à escola – foram muito diferentes daquilo a que as crianças estavam habituadas. (…) A escola tem que recuperar os valores da vida e da ligação aos outros como pilar fundamental.”
A ligação à natureza
“Para os jovens e crianças o ambiente é e era uma preocupação central”. Por isso, a UNICEF alerta para a importância de voltar “a esta centralidade ambiental, não só em termos de ação fora da escola, mas também dentro da escola”. De acordo com Beatriz Imperatori: “É preciso renaturalizar o espaço da escola e da aprendizagem, e reforçar a ligação à natureza”.
Oportunidades iguais para crianças mais vulneráveis
Além disso, “a UNICEF mostra-se preocupada com as crianças mais vulneráveis que não tiveram as mesmas oportunidades durante o período de confinamento e recomenda o aproveitamento das atividades de verão para permitir que no seu regresso às aulas estejam mais bem preparadas.”
Mais informação: www.unicef.pt