Os hospitais com taxas mais elevadas de amamentação têm equipas a prestar cuidados de enfermagem próximos das novas mães, refere um estudo nos EUA.
Ana Margarida Marques

Uma equipa de investigação acompanhou 512 enfermeiras de 36 hospitais em três estados dos EUA para avaliar a sua influência no sucesso do aleitamento materno.

Os resultados indicam que os hospitais com taxas mais elevadas de amamentação em exclusivo têm mais equipas a prestar os cuidados de enfermagem às puérperas.

O artigo encontra-se publicado na revista MCN: The American Journal of Maternal/Child Nursing.

As enfermeiras que participaram no estudo:  

  • encorajaram as mães a ter contacto pele a pele com os seus bebés
  • incentivaram a amamentação na hora seguinte após o parto
  • mantiveram sempre um contacto próximo com as mães e os bebés
  • transmitiram os ensinamentos sobre o aleitamento materno
  • promoveram a motivação das mães durante o processo
  • encaminharam as mães para receber a orientação de conselheiras de amamentação

“As enfermeiras fazem contribuições substanciais, muitas vezes não reconhecidas, para a saúde pública durante a gravidez, e durante e após o parto”. É a opinião da autora do estudo Audrey Lyndon, avançada à United Press International (UPI).

A investigação “é um exemplo de como os cuidados de enfermagem de apoio podem ter efeitos a longo prazo na saúde materna e infantil”, frisa Lyndon.

Desafios sobre o aleitamento materno nos hospitais

A autora principal, Kathleen Rice Simpson, considera que diversos “fatores estruturais” afetam a capacidade dos enfermeiros de fornecer apoio suficiente e apropriado para o sucesso da amamentação em exclusivo.

“A cultura, as políticas, a comunicação, a disponibilidade de recursos, incluindo pessoal de enfermagem adequado, e a promoção de práticas eficazes de iniciação e sustentação da alimentação com leite humano são todas importantes”, explica num comunicado de imprensa da NYU.

O leite materno fornece uma nutrição completa para os bebés, ajudando a fortalecer o seu sistema imunitário e a aumentar a sua saúde em geral.

Embora haja mães que não são capazes de amamentar ou optem por não o fazer, as enfermeiras desempenham um papel fundamental no apoio às famílias que fazem esta escolha, reforça o estudo.