Estudo aponta que casais com filhos manifestam menos problemas emocionais perante a pandemia. Quanto maior é a satisfação com a relação conjugal, menores são os níveis de depressão e stress.

Segundo os resultados preliminares de uma investigação internacional (COVID-19: Estudo Transcultural sobre os Efeitos de Stressores Globais em Casais), que o Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra integra, os casais com filhos expressam menor perturbação emocional face à pandemia.

Os/as participantes com filhos (47,2%) reportam sentir “menor perturbação emocional e menor ansiedade e depressão, independentemente da idade dos filhos.”

Observa-se também que quanto maior é a satisfação com a relação conjugal, menores são os níveis de depressão e stresse, relação esta que se verifica antes e depois da pandemia.

Estudo aponta que a satisfação conjugal está positivamente associada com a sensação de controlo e a perceção de que se compreende a situação atual. 

Segundo os autores, estes resultados sugerem que “a satisfação conjugal poderá funcionar como um fator protetor para uma visão mais positiva ou adaptativa face à situação”.

Os resultados preliminares indicam ainda que 74,3% das pessoas participantes estão muito preocupadas com a pandemia, sendo que 22,6% indicam mesmo estar extremamente preocupadas.

Além disso, 66,6% consideram que a sua vida foi grandemente afetada pela COVID-19, com a agravante de que as pessoas em teletrabalho (63,5% da amostra) consideram, com maior predominância, que a pandemia afetou mais significativamente a sua vida. 

São igualmente as pessoas em teletrabalho que mais acreditam que a pandemia vai durar menos tempo.

O relatório preliminar com resultados mais alargados, relativo a Portugal, pode ser consultado na íntegra no site do Centro de Estudos Sociais.