A Academia Americana de Pediatria adverte, há alguns anos que, a educação das crianças se deve realizar pela positiva (estimulando os comportamentos desejáveis) e não tanto pela negativa (punindo os comportamentos indesejáveis). No entanto, por vezes o castigo é inevitável. Mas há castigos e castigos e, numa hierarquia de utilização, a punição física (bater) deve vir em último lugar. Desta vez, um grupo de psicólogos daquela academia estudou este tema e chegou às seguintes conclusões, que devem servir de base para evitar bater nas crianças:
– Bater pode parecer funcionar no momento, mas não é uma forma eficaz de modificar comportamentos a longo prazo.
– A punição física pode ter efeito nas crianças mais novas, mas vai perdendo o seu impacto à medida que a criança cresce.
– Bater raras vezes é uma atitude pensada, mas sim adotada por impulso, o que contraria uma das regras de ouro da educação: a coerência.
– Os pais podem ficar temporariamente satisfeitos, mas, quase sempre mais tarde, lamentam a decisão tomada de bater nos seus filhos.
– Em alguns meios sociais, a punição física tem tendência a ser gradualmente mais grave, levando a colocar em risco a integridade física ou mesmo a vida da criança. Bater provoca sentimentos de frustração e raiva, em vez de promover o sentido da responsabilidade.
– As crianças que são frequentemente espancadas têm uma maior tendência para serem adultos com depressão e problemas de toxicodependência, nomeadamente do álcool.