A verdadeira educação alimentar faz-se com todos os membros da família sentados à mesma mesa. As crianças necessitam dessa estrutura. O famoso pediatra norte-americano Berry Brazelton diz, no livro “A criança e a alimentação”, que a possibilidade de partilharem o pequeno-almoço e o jantar com os pais dá às crianças “um começo e um fim para o seu dia”. Num mundo cheio de stress, as refeições trazem segurança às crianças, defende o médico.

Por isso, tente tornar a hora da refeição num momento agradável, em que todos trocam experiências e partilham aquilo que fizeram durante o dia. Não faça comentários sobre a comida ou sobre a quantidade que o seu filho está a comer. Procure desvalorizar a importância que a comida tem para si. E tente que ele interiorize as regras do ritual da refeição. Sem ementas especiais, sem legumes à parte porque «o menino não gosta», sem birras.

Quanto à velha máxima «à mesa não se fala», esqueça, à mesa fala-se e muito. Trocam-se ideias, partilham-se afetos, espalham-se atenções. É um momento privilegiado, não o desperdice.