É fundamental que os bebés e as crianças tenham as vacinas em dia – os pais não devem adiar a deslocação ao centro de saúde, por receio de contágio de covid-19. O mesmo se aplica às grávidas que devem tomar a vacina contra a tosse convulsa, cujo objetivo é a proteção do bebé nos primeiros meses de vida.
Ana Margarida Marques

É essencial o cumprimento do esquema de vacinas recomendado para todos, incluindo bebés, crianças e grávidas, alerta a Direção-Geral da Saúde (DGS).

“Apelo aos pais e cuidadores para que não deixem de vacinar as crianças. Nós estamos numa epidemia e se baixarmos a vacinação podemos ter outras epidemias”, avançou Graça Freitas em conferência de imprensa sobre a pandemia de covid-19 em Portugal.

A DGS lembra que a vacinação no âmbito do Programa Nacional de Vacinação (PNV) é uma medida de saúde pública priorotária. 

Os pais devem verificar o registo das vacinas no Boletim Individual de Saúde ou no Portal do Serviço Nacional de Saúde. Caso seja necessária a vacinação, a recomendação da DGS é entrarem em contacto com o centro de saúde para agendar uma data e uma hora.

É importante cumprir os horários agendados, para reduzir a permanência na sala de espera das unidades de saúde, evitando assim uma maior concentração de utentes.

Na deslocação às unidades de saúde é essencial seguir as medidas de higiene e etiqueta respiratória, que têm como objetivo reduzir a exposição e transmissão da doença.

Conforme também um comunicado da DGS, em março, a vacinação no âmbito do PNV previne doenças como o sarampo, a tosse convulsa, o tétano, doenças muito graves como a meningite, por 13 tipos de pneumococo, por meningocco C e por Haemophilus influenzae b. 

As crianças devem cumprir atempadamente a vacinação recomendada no primeiro ano de vida, que confere proteção precoce contra doenças potencialmente graves.

Aos 12 meses, as vacinas contra o meningococo C e contra o sarampo, papeira e rubéola são de elevada importância. “A situação epidemiológica do sarampo a nível mundial não permite adiar esta vacina”, aconselha a DGS. 

E alerta: “Às crianças que têm estas vacinas em atraso, recomenda-se a vacinação o mais brevemente possível.”

As grávidas também devem realizar a vacinação contra a tosse convulsa, que tem como objetivo a proteção do bebé nos primeiros meses de vida. A vacinação poderá ser adiada, mas nunca para além das 28 a 32 semanas de gestação.