Há bebés que nunca usaram uma chupeta, outros que precisam dela em momentos-chave do dia (por exemplo, durante o sono ou numa birra) e ainda outros que dependem da chucha praticamente para tudo o que fazem.
Especialistas recomendam alguns cuidados no uso da chucha.
Deve evitar a chucha no início da amamentação
Hoje em dia existem opções no mercado com o “formato anatómico do seio materno”, normalmente apresentadas como sendo mais “fisiológicas” e “ergonómicas”.
Contudo, os especialistas alertam que a introdução precoce da chucha pode interferir no processo de amamentação, porque confunde o bebé relativamente à pega na mama de forma adequada (nipple confusion).
“Para aqueles pais cuja escolha seja a chucha, é importante que deixem o bebé, pelo menos, agarrar-se primeiro à mama”, aconselha Maria João Alvito, fisioterapeuta e formadora de instrutores de massagem infantil.
“Quando essa fase for conquistada, pode-se passar a uma etapa seguinte”, aconselha Maria João Alvito.
O bebé não deixa de chuchar por não ter chucha
“Colocar a chucha logo na mala da maternidade é uma pressão social”, entende a especialista.
“Quando surgem as questões relacionadas com as chuchas, costumo dizer aos pais que se o bebé ficasse no útero da mãe mais tempo – e sabemos que hoje os bebés nascem muito precocemente, já que muitos partos são induzidos – o que tinha ele para sugar?” – O bebé não deixa de chuchar por não ter uma chupeta.
Como explica a terapeuta da fala Teresa Sameiro, por parte de cada bebé há sempre uma resposta diferente, mas geralmente os bebés resistem à chucha. “Normalmente um bebé que é amamentado rejeita a chucha. Os grandes adeptos da chucha são os bebés alimentados a biberão”, avança.
Outras formas de autoconsolo além da chucha
A chucha deve ser usada com moderação para que a criança não venha a depender unicamente dela como forma de se acalmar, garante a Maria João Alvito.
Dar a chucha de forma continuada pode revelar um comportamento de intolerância ao choro por parte dos pais. “Um bebé que não chora não é saudável. O choro é uma necessidade vital, tal como o sorrir”, diz Maria João Alvito.
A chucha deve ser usada nos momentos de transição em que o bebé está muito irritado e cansado.
É importante que os pais encontrem outras formas de tranquilizar a criança.
Por exemplo, dar uma voz de conforto, um reforço positivo, colo, o bebé eleger um objeto que lhe transmita confiança (boneco ou fralda), ligar uma caixa de música.
“Com o crescimento, a criança vai ela própria encontrar outras formas de se confortar”, acrescenta Maria João Alvito.
Ideias-chave
- A introdução precoce da chucha pode interferir no processo de amamentação.
- A chucha deve ser usada com moderação para que a criança não venha a depender unicamente dela como forma de se acalmar.
- É importante encontrar outras formas de tranquilizar a criança.
- Experimente dar uma voz de conforto, um reforço positivo, colo, o bebé eleger um objeto que lhe transmita confiança (boneco ou fralda), ligar uma caixa de música ou luz de presença no quarto.