A Organização Mundial da Saúde (OMS) tem sensibilizado os pais e cuidadores para que encarem o encerramento das escolas e o confinamento em casa como uma oportunidade para se estabelecer um relacionamento próximo com as crianças. No atual contexto é ainda mais importante que as crianças se sintam amadas e seguras.
Fique com as medidas emitidas num documento da Organização Mundial de Saúde, que contou com a tradução da Ordem dos Psicólogos Portugueses:
Seja compreensivo e demonstre carinho
As crianças podem responder ao stress de maneiras diferentes. Por exemplo, podem pedir mais colo; mostrarem-se mais dependentes, ansiosas, agitadas ou zangadas; isolarem-se, fazerem xixi na cama. Responda às reações da criança sendo compreensivo e mostrando apoio, escutando as suas preocupações e dando-lhe uma dose extra de atenção e carinho.
Crie oportunidades para brincar e relaxar
As crianças precisam do amor e da atenção dos adultos durante períodos difíceis. Dê-lhes mais tempo e atenção.
Lembre-se de escutar o(s) seu(s) filhos, fale com eles com carinho e tranquilize-o(s).
Se possível, crie oportunidades para a criança brincar e relaxar.
Mantenha a criança tranquila e segura
Procure manter as crianças próximas dos seus pais/familiares e evite, na medida do possível, separá-las dos seus cuidadores. Se a separação ocorrer (por exemplo, em caso de hospitalização) garanta que existe um contacto regular (por exemplo, via telefone) e mantenha a criança tranquila e segura.
Estabeleça rotinas e horários
Tanto quanto possível, procure manter as rotinas e os horários habituais ou ajude a criar novas rotinas no novo ambiente, incluindo momentos de aprendizagem/escola e tempo para brincar e relaxar em segurança.
Converse com a criança usando palavras adequadas
Apresente factos sobre o que se passou, explique o que se passa agora e dê-lhe(s) informação clara sobre como reduzir o seu risco de infeção pelo covid19 com palavras adaptadas à sua idade, garantindo que as compreendem.
De uma forma tranquilizadora, ofereça informação sobre o que pode acontecer (por exemplo, se um familiar e/ou a própria criança se começarem a sentir mal, terão de ir para o hospital durante algum tempo e receber ajuda dos médicos, que os vão ajudar a sentir-se melhor).