Recolha das células estaminais
Hoje em dia os pais podem optar por realizar o processo de criopreservação das células estaminais do cordão umbilical aquando do nascimento do bebé.
A recolha das células estaminais é feita a seguir ao nascimento do bebé e antes da expulsão da placenta. O processo é explicado por Marcela Forjaz, médica ginecologista-obstetra.
“Após a laqueação e corte do cordão, a equipa médica desinfeta o local a puncionar e procede à extração do sangue; em seguida, laqueia o cordão uns centímetros acima, dependendo das indicações da entidade que preservará os tecidos que define a quantidade de cordão que pretende, de forma a cortar um segmento do cordão”, refere.
Segundo a médica, “o sangue é drenado para um sistema fechado que tem um saco coletor, a maior parte das vezes com um anticoagulante no seu interior. É esse saco que deve seguir para a empresa responsável pela conservação, em boas condições de isolamento, para não haver alterações da temperatura, perdas, conspurcação ou contaminação.”
O segmento de cordão é depois depositado num frasco esterilizado que se encerra e identifica para juntar ao resto da amostra.
A colheita é efetuada no segmento do cordão que fica do lado materno e que está ainda ligado à placenta, acrescenta a médica.
Diversos fatores podem condicionar a recolha
Segundo as evidências, adiciona Marcela Forjaz, “num parto normal por via baixa poderá haver fatores que condicionem o sucesso da colheita”.
“A cesariana em si não afeta o processo, mas as circunstâncias que a rodeiam podem afetar a colheita. Numa situação de urgência, por exemplo num descolamento de placenta, a quantidade de sangue colhida provavelmente será insuficiente. Também num sofrimento fetal por insuficiência placentar, o volume de sangue poderá não ser satisfatório”, exemplifica.