É importante que os pais não desvalorizem a angústia com que as crianças possam estar a lidar durante a atual pandemia.
O alerta é dado durante a atual pandemia pelo Norton Children’s Hospital, em Louisville, Kentucky, nos EUA.
“As crianças podem manifestar stress de muitas formas diferentes e sentir-se tão stressadas como nós”, avança o pediatra de Louisville, Dr. Mark Brockman Jr.
O isolamento prolongado de amigos e familiares, o tédio, a frustração e desilusão podem ter impacto no bem-estar das crianças.
“As crianças que vejo no meu consultório estão muito preocupadas com o coronavírus”, conta Brockman. “Eles ouvem todas as mesmas coisas que nós ouvimos”.
Segundo o Norton Children’s Hospital em Louisville, os pais podem observar alguns sinais de stress em bebés e crianças de tenra idade:
As crianças mais novas podem criar novos hábitos que não tinham antes da pandemia, como chuchar no polegar, enrolar o cabelo ou pôr o dedo no nariz.
Muitas destas reações são estratégias normais que as crianças utilizam para lidar com a sua própria angústia, explica o médico.
Outros sinais de stress que os pais devem ter em atenção
Algumas crianças podem recuar marcos de desenvolvimento e competências. São exemplo os seguintes sinais:
– Agitação, chorar mais facilmente e ser mais difícil de acalmar;
– Acordar mais durante a noite;
– Manifestar queixas relacionadas com a alimentação e a digestão, por exemplo queixarem-se de “dor de barriga”;
– Sentir ansiedade de separação dos pais.
Stress em adolescentes e em crianças mais velhas
Os adolescentes e as crianças mais velhas podem demonstrar sintomas como alterações de humor.
Tais mudanças incluem irritabilidade mais frequente, sentimentos de desespero ou raiva e conflitos frequentes com amigos e familiares.
Segundo o Norton Children’s Hospital, alguns jovens e adolescentes tendem a afastar-se das suas relações pessoais. Podem mostrar menos interesse em mensagens de texto ou conversas de vídeo com os amigos. Alguns perderão o interesse em atividades de que tinham desfrutado anteriormente.
Os pais devem estar atentos aos sinais transmitidos pelas crianças. Devem pedir a orientação do médico assistente ou pediatra de modo a ajudarem os filhos a lidar melhor com as suas emoções e angústias.