A Associação Portuguesa Contra a Obesidade Infantil (APCOI) divulga dados recentes de uma sondagem realizada em Portugal.
A maioria dos 512 encarregados de educação inquiridos revelou já ter tido que lidar com pelo menos um episódio de bullying escolar ou preconceito relacionado com o peso da criança, nos últimos dois anos letivos.
Insultos, alcunhas e comentários inapropriados foram os principais atos discriminatórios cometidos contra crianças com excesso de peso na faixa etária entre os 6 e os 14 anos.
De acordo com os resultados, dos episódios de bullying reportados:
47%
são na maioria realizados por colegas da mesma turma
40%
são situações com alunos de outras turmas da escola
13%
são ocorrências com professores ou pessoal não docente
A pandemia da Covid-19 parece ter agravado a situação. 1 em cada 5 crianças com obesidade foi vítima pela primeira vez de um ataque de cyberbullying nas redes sociais relacionado com o seu peso durante os meses de confinamento e ensino à distância.
Nova campanha People First#LivingWithObesity
A APCOI junta-se à ECPO (Coligação Europeia de Associações de Pessoas com Obesidade) na campanha People First#LivingWithObesity.
O intuito é alertar sobre os efeitos do bullying, da discriminação e do estigma associados à obesidade.
A campanha inclui o lançamento de um vídeo, infográficos educativos e um webinar ao vivo em simultâneo em todos os países.
Em Portugal todos os materiais e informações estão divulgados no site www.apcoi.pt.
“A APCOI aceitou o convite para participar nesta campanha europeia com o objetivo de pôr fim ao sofrimento não só das crianças, mas de todas as pessoas que em qualquer idade podem desenvolver esta doença crónica e não podem continuar a ser vítimas de estigma e de preconceito”, avança Mário Silva, presidente da APCOI.
“A mensagem da campanha é simples: não há pessoas obesas, há pessoas que têm uma doença: obesidade.”
